domingo, 26 de dezembro de 2010

O REI E O ASTRONAUTA

GAGARIN VIU  QUE PELÉ ERA DO OUTRO MUNDO

 Nascido em 9 de março de 1934, em Klusinho, na antiga União Soviética (viveu até 27.03.1968, em Kirjatch), Yuri Alekseievitch Gagarin  (foto) foi o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de abril de1961, a bordo da nave Vostok I, que pesava 4.725 quilos. Lá de cima, ele viu que “a terra é azul”.
Embora o Brasil se aliasse, tradicionalmente, aos Estados Unidos, que travava a chamada “guerra fria” com os soviéticos, pela liderança mundial, o governo brasileiro não deixou de reverenciar o feito do “inimigo político". No dia 28 de julho daquele 1961, quando Brasília ainda era um “canteiro de obras”, milhares de pessoas foram ao aeroporto da cidade ver, de perto, o cosmonauta. Aos repórteres que o aguardavam, a ebaixada da União Sovítica entregava o que ainda não era chamado de 'press release', informando que o heroi nacional era filho de um carpinteiro, Alexey Ivanovich Gagarin, com Anna Timofeyevna Gagarina e, como terceiro dos quatro irmãos, fora criado pela irmã mais velha, enquanto seus pais trabalhavam, em uma fazenda coletiva do regime de Moscou. Contava, aidna, o informativo que, durante a ocupação nazista na Uniãoi Soviética, seus dois irmãos mais velhos haviam sido capturados e levados para trabalhos escravos na Alemanha., em 1943. Dizia, também, o escrito que o cosmonauta trabalhara em uma fábrica de fundição, com estagiário, e que o seu caminho para o espaço sideral poderia ter muito a ver com a influência do seu professor de matemática e ciência, um sujeito que servira à Força Aérea Soviética.
Naquele 28 de julho de 1961, Yuri Gagarin desceu em Brasília às 15h, procedente de Havana, que era uma espécie de satélite comunista de Moscou nas “barbas dos Estados Unidos”. Recebideo pelo ministro das relações exteriores, Afonso Arinos de Melo Franco, Gagarin foi, logo, sendo homenageado com um coquetel, no cassino dos oficiais da Base Aérea do DF. Durante sua eastadia na cidade, foi condecorado, pelo presidente Jânio Quadros. Gagarin comportou-se como um cavalheiro, muito educado durante as homenagens na capital brasileira. Mas, na verdade, ele queria que aquilo tudo passasse bem depressa. Na sua cabeça só havia uma preocupação: assiatir a uma partida de Pelé, do qual lera coisas incríveis. Queria saber se poderia ser mesm verdade tudo o que o Pravda e o Izvestia, jornais comunistas, haviam escrito sobre o camisa 10 da Seleção Brasileria na Copa do Mundo de 1958, na Suécia.
 Atendendo ao desejo do grande herói, que colocava a União Soviética adiante dos Estados Unidos na corrida espacial, a Embaixada da CCCP, como fora escrito no capacete do astronauta, providenciou a ida de Gagarin à Vila Belmiro, onde o Santos enfrentaria o Palmeiras, na tarde de 30 de julho, pelo primeiro turno do Campeoanto Paulista de Futebol. Evidentemente, que os diplomatas soviéticas conseguiram marcar um encontro dele com Pelé, o que o deixou muito alegre e sorridente.
Quando o árbitro Romualdo Arppi Filho apitou o início da partida, Gagarin não tirou os olhos do camisa 10 santista. Ante o alarda da imprensa sobre a poresença do astronauta no estádio, o quarto-zagueiro palmeirense, Aldemar, que sempre marcava Pelé nos clássicos entre os dois clubes e era considerado pelo "Rei" como o seu mais leal marcador, caprichou além da conta. Tentou chegar primeiro em todas as bolas. Mesmo assim, Pelé reinou no gramado, fazendo Gagarin vibrar em vários lances, concatenando com Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe, a linha santista que está ao seu lado.
Com um minuto de jogo, após o Santoas dar a saída, o Peixe atacou e a bola chgou à até a área palmeirense. Preocupado com o "Rei", o Palmeiras esqueceu Dorval, que abriu o placar. O Verdão, que tinha um grande time – Valdir; Djalma Santos, Valdemar Crabina, aldemar e Geraldo Scoto; Zequnha e Chinesinho; Zeola, Américo, Vavá e e Paulinho –, empatou, com Zeola, aos 30 minutos.
No segundo tempo, Pelé caprichou, tentando brindar Gagarin com um gol. Mas a defesa palmeirense só se preocupava com ele. Colocava dois, e até três homens em sua marcação. Mas Pelé era Pelé. Faltando cinco minutos para o  final da partida, enquanto o adversário se preocupava em não lhe deixar jogar, ele achou Lima penetrando, por onde ninguém percebera, e lhe um passe, na medida, para o colega fazer o gol. Gagarin apladiu. Aquela jogda era coisa do outro mundo.

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